terça-feira, dezembro 21, 2004

de asas transparentes e voar no pensamento

disse sim
à vida ainda no ventre de minha mãe
um sim
quando tentei falar
sim,
quando as regras me impunham a chorar
um sim
ao meu primeiro beijo
tantos sins pela vida fora
às ilusões,
desilusões
aos mistérios,
aos prazeres
sim
ao fascínio e ao sonho
à imagem verdadeira do amor
às horas de incerteza
sim
aos queixumes
e lamentos da noite
às lágrimas que
teimavam em cair sem beleza


talvez noutro momento,
noutra lembrança
de poder
o meu pensamento
na calma de uma liberdade já passada
em qualquer altura,
mesmo agonizada,
conseguisse dizer não
não ao obsessivo
poeirento caminho
não ao hábito
da noite
não à dor
de infortúnios
não no momento
de nascer


onda

3 comentários:

Anónimo disse...

Nascer é inevitável...viver é uma aprendizagem.. temos k aprender a dizer não :)

Anónimo disse...

Esqueci a palavra não....ensinaram-me apenas a palavra obedeça
beijo

Anónimo disse...

Very nice site!
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rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...